Ressalto também a importância da práxis educativa, a qual oportuniza uma série de proposições de quem se interessa verdadeiramente pela criança, entre elas, o lúdico, que é uma ferramenta pedagógica essencial usada na aprendizagem e que deve ser encarada de forma séria, competente e responsável. Nesta direção, pensar na forma reflexiva e contínua, possibilita perceber que a criança e a brincadeira estão intrinsecamente interligadas e que essa interligação cerceia a criança das suas necessidades de movimento, expressão e de construção de seu conhecimento a partir do seu próprio corpo.
A atividade lúdica é um rico instrumento de investigação e de intervenção clínica, pois permite ao sujeito expressar-se livre e prazerosamente. Jogar e aprender caminham paralelamente, possibilitando ao psicopedagogo observar prazeres, frustrações e desejos da criança, a fim de que se torne possível trabalhar com o “erro” e articular a construção do conhecimento, bem como recriar uma visão de mundo e um modo de agir.
Como exemplo, cito o Tangram que não possui uma "solução": são inúmeras as figuras que podem, com ele, ser formadas; aí reside seu grande atrativo. Tem como objetivo construir uma figura idêntica a um modelo previamente determinado, utilizando todas as sete peças que o compõe: dois triângulos grandes, dois pequenos e um médio, um quadrado e um paralelogramo.